Vinhos de Lisboa
CVR Lisboa
A Estremadura é de todas as nossas províncias a que manifesta uma complexidade mais acentuada, seja qual for o carácter que tenhamos de considerar. Começando pelo aspecto geológico, tem representação de todas as idades. Na apreciação climática pode-se considerar na transição entre a zona dos ventos húmidos e permanentes de Oeste e a dos estios secos. O tipo de vegetação da parte norte aproxima-se de um tipo da Europa Central, enquanto na extremidade meridional já apresenta características mediterrâneas. As terras de aluvião contrastam com as encostas onde abunda o calcário secundário e as várzeas opõem-se aos maciços montanhosos da fronteira oriental. É uma terra de dispersão e pluralidade, sendo por vezes referenciada como terra onde abundam os paradoxos. A vinha, ainda que com uma grande capacidade de adaptação aos diversos tipos de solos, encontra na diversidade da região manifesta preferência por alguns destes, designadamente os solos calcários pardos ou vermelhos de margas ou parabarros e arenitos finos, os solos mediterrâneos pardos ou vermelhos normais e ainda os solos litólicos não húmicos, estes com representação na parte mais setentrional da região. A presença da grande metrópole que é Lisboa, apesar de localizada num extremo da região da Estremadura, marca de forma indelével e cada vez mais, os hábitos sociais da região.
O carácter de ruralidade que durante longos tempos caracterizou de forma geral a população da Estremadura, apenas alterado em polos perfeitamente definidos com a industrialização introduzida a partir do século XIX, foi muito afectado com o desenvolvimento do sistema viário, com destaque para a espinha dorsal que recentemente passou a ligar Lisboa a Leiria. A noção de Estremadura como terra de fronteira retoma aqui o seu sentido, quando se evoca a diferenciação entre as gentes das terras a sul da barreira montanhosa que se liberta de Montejunto rumo ao mar e as gentes das terras mais setentrionais, nas várzeas do Lis. Mas ao referir o povoamento na Estremadura ainda que de forma muito superficial não podemos deixar de falar nos casais ou quintas. Esta situação contribui para formações de dispersão intercalares designadas por casais ou quintas. A quinta é designação que primeiramente foi tomada como subunidade dentro de uma villa rústica e por consequência referenciada a uma origem romana onde villa era designativo de uma estrutura de povoamento rural. É esta a estrutura mais significativa, numa componente de manifesta dignidade e que ainda hoje por toda a Estremadura apresenta elevado património, na sua quase totalidade ligado à produção de vinho e que com frequência é referida quando da sua comercialização. In CVRLisboa
Denominação de Origem Controlada
Encostas de Aire
Os vinhos produzidos no Concelho de Ourém têm uma Denominação de Origem Controlada – “DOC Encostas D’Aire” -, que pertence à Região dos Vinhos de Lisboa. As mais antigas regiões produtoras de vinho portuguesas têm estatuto DOC. Protegendo a genuinidade da origem, procurando assegurar a qualidade dos vinhos de cada região. Estabelecendo as castas recomendadas, os métodos de vinificação, o teor alcoólico e os períodos de envelhecimento em garrafa ou em cascos. A zona mais a norte da Região de Vinho de Lisboa, as encostas da Serra de Aire. Esta região vitícola, onde o clima é temperado, com formação de microclimas e solo caracterizado pela heterogeneidade de tipos, tem características edafoclimáticas que propiciam condições para a produção de vinhos de grande qualidade.
É aqui que se produzem os vinhos com direito à Denominação de Origem “Encostas De Aire”, pertencendo este à sub-região de Ourém (Medieval de Ourém). Reconhecidas pela Portaria Nº 167/2005, de 11 de Fevereiro.
DOC Encostas d' Aire
Região dos Vinhos de Lisboa
Os vinhos rotulados, oficialmente, como Encostas D’Aire (1) alcançam níveis de grande qualidade.
Podem ser tintos, brancos ou rosés, para além daqueles rotulados como Medieval de Ourém.
2) Óbidos
3) Torres Vedras
4) Lourinhã
5) Alenquer
6) Arruda
7) Colares
8) Bucelas
9) Carcavelos
Concelho de
Ourém
Ourém nasce oficialmente sob o nome de Auren, pela mão de Dª. Teresa no foral que ela lhe outorgou. A mais antiga e emblemática referência de Ourém, ergue-se no alto de uma colina. Ostentando traços firmes de histórias de monarquias que o tempo já se apoderou. O Castelo de Ourém está envolvido por um charmoso burgo medieval num ambiente bucólico, misto de paz e de mistério.
Com mistérios se veste este concelho, em 1917, surge o milagre de Fátima aos três pastorinhos, assistindo assim ao despertar de uma nova realidade. Fátima é hoje uma das cidades mais visitadas de Portugal, devido ao seu culto Mariano. Milhões de peregrinos de todo o mundo rumam à Cova da Iria, principalmente entre Maio a Outubro, onde se encontra o Altar do Mundo.
Ourém desfruta de uma variedade gastronómica que faz as delícias de quem lá passa. E como se toda esta envolvência de história, de fé e de gastronomia não fosse suficiente, a Natureza enriquece este património. Na localidade de Agroal, existe uma nascente com grande caudal que alimenta o rio Nabão. Esta nascente tornou-se muito famosa pelas suas qualidades termais, com propriedades que melhoram o estado da pele.
Situada na região centro de Portugal, Ourém é um concelho com cerca de 416Km2, dividido em 13 freguesias. De lendas e mitos, Ourém é rico de facto, mas o seu charme encanta qualquer pessoa, sobretudo se estiver a provar um néctar feito a partir das uvas desta terra.
Solo
As terras de aluvião contrastam com as encostas onde abunda o calcário secundário e as várzeas opõem-se aos maciços montanhosos da fronteira oriental.
Clima
As nossas vinhas enquadram-se num clima de transição entre a zona dos ventos húmidos e permanentes de Oeste e a dos estilos secos que migram do Ribatejo.
Vinhas
A Divinis recolhe as suas uvas pelos Concelho de Ourém, Leiria, Pombal, Porto de Mós e Batalha. Estas zonas apresentam condições únicas para vinicultura.
A nossa morada